sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Estranhos abraços...

O som da chuva, mordia-lhe o juízo. 
Por entre o som ininterrupto da água a ricochetear no chão, podia jurar que ouvia o seu nome. As pernas tremiam-lhe como se tivessem vontade própria, torcia os dedos das mãos, que estúpidas, não ficavam quietas.  
Que se lixe, pensou.
Podia continuar ali a olhar para a torrente de água, ou podia ir... 
Hesitou, dois segundos, depois correu para o meio da estrada parando abruptamente quando sentiu as primeiras gotas na pele.
A noite estava fria e escura, a lua escondia-se por detrás dos prédios altos, espalhando pela rua uma parca e angelical luminosidade. Um primeiro arrepio atravessou-lhe o corpo, a roupa já se fundia nos seus contornos, o cabelo escuro pingava, fechando os olhos inclinou a cabeça para cima e deixou que a chuva lhe escorresse pelo rosto. Era morna em comparação com o frio da noite, sabia-lhe bem.
Na sua cara formou-se um sorriso de pura loucura, sentia-se abraçada por toda aquela chuva...

4 comentários:

Anónimo disse...

E aí veio o camião e...
:)))))

BFS
Beijinhos doces, princesa!

Sufocada disse...

e o camionista parou para ver melhor? ahah

BFS, Beijinho Leão!

Anónimo disse...

A nAn??????
Sacrista! fisga-as todas... :)))

;) jokas

Sufocada disse...

Aí estava uma boa camionista para averiguar a situação :))

Beijinho!