terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Penso, mas não no pensamento

Na rua, à noite, olhei para o chão e contei as pedras da calçada que revestiam o passeio à minha volta.
Pensei no dia que estava no fim, pensei no que ia acontecer no dia seguinte, pensei que a imensidão de possibilidades e pensamentos que pensava todos os dias eram tantas ou mais que todas aquelas pedras. Assim como umas estavam mais gastas e sujas, o mesmo acontecia aos meus pensamentos. Depois pensei que já ali tinha perdido muito tempo, a pensar. Mas e então? O que pensava eu fazer? As pedras não me souberam responder, a noite estava sinistramente silenciosa, e os meus olhos desfocaram a visão do passeio, húmidos, seria o esforço de pensar? Pensativamente, caminhei perdida em pensamentos de como pensar era tão confuso, de como pensar podia ser tão desgastante (tal e qual as pedras).

2 comentários:

Carla disse...

A espiral do pensamento em plena actividade. (:

Sufocada disse...

Uma bodega, tem dias :)