À noite, deitado sobre a tua almofada, descansado dos problemas que te assolam durante o dia, não me sentes?
Eu estou lá, a querer penetrar as barreiras que se erguem em torno dos teus sonhos, para poder povoá-los e torturar-te.
Tal como tu me torturas, noite após noite, sem descanso.
Enquanto tento desesperadamente desligar-me do mundo exterior, tu atiras de forma certeira, contra as minhas defesas e eu sinto-as desfazerem-se, qual folha de papel.
Sinto-te tão verdadeiro e real como se realmente estivesses aqui, comigo. Vagueias, sólido e consistente por entre o nevoeiro que é o meu sono, captas-me o olhar e envias sensações várias. Alegria, ironia, sarcasmo, carinho...
Sem pedires autorização, chacinas as paisagens calmas e bonitas em que penso para adormecer, injectas os teus cenários luxuriosos no meu subconsciente, imiscuindo-te na única parte de mim que tenta descansar de ti.
Agora quero vingança.
Não por te querer mal, não.
Mas para que te lembres, como eu me lembro, para que sintas aquilo que eu sinto.
E não consigo, não me deixas entrar nesse teu lado mais intimo e recôndito.
Não sou como tu, um Caçador de Sonhos.
8 comentários:
Adorei o post! :)
Continuação e beijinhos*
obrigado demy* :D
Muito bonito :)
(este género de textos estão cada vez melhores, nice work)
Obrigado POC :)
Esta noite, passei muitas hora de olhos abertos. Sonhar não é opção. Dormir é verbo que pouco ou nada conjugo.
Mas eu tenho que dormir, eu adoro dormir.
Pudesse eu controlar o que sonhar ou se sonho e dormir seria o meu passatempo preferido!
Também eu tenho, também eu adoro. Mas depois há sempre alguém que se infiltra à minha revelia e sacode o sono para longe.
E quando acordo só me apetece voltar a dormir.
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