domingo, 24 de junho de 2012

Horror Moments - Casa Assombrada!

Andava pelos corredores daquela monstruosa e sombria casa, o chão de madeira era escuro, desgastado pelos milhares de passos que por ele haviam passado, e enquanto caminhava ouvia-se o seu rangido de protesto. A casa estava cheia, sabia que sim, eram mais de 10 pessoas incluindo crianças. Mas naquele momento não se ouvia um único som sem ser o do soalho e o da sua respiração que pelo frio que se fazia sentir lançava para o ar pequenas nuvens do seu bafo.
Ia olhando em todas as direcções com um misto de receio e excitação, sabia que algo se passava ali, mais, sentia a presença de alguém desconhecido, e por muito estúpido que parecesse, sabia que não era uma ameaça para ela.

Enquanto inspecionava cada quarto daquela casa ia absorvendo a sua decoração altiva. As camas, ou deveria chamar-lhes dosseis?, eram majestosos, com cortinas de tons fortes como o azul petróleo, bordeux e verde garrafa. As almofadas eram imensas no meio das camas com bordados doirados, as cómodas tinham motivos floreados pintados à mão, havia poltronas enormes e confortáveis que condiziam com o tema de cada divisão e a luz de cada quarto vinha de castiçais absurdamente belos que a hipnotizavam com o seu brilho imenso.

À medida que se foi aproximando da área da cozinha o som fez-se finalmente ouvir, deliciosos risinhos de crianças, conversas sérias e de tons elevados dos homens e guinchos de excitação das fofocas que as mulheres partilhavam, conhecia aquelas pessoas, umas eram família, outras eram amigos chegados da família, mas nunca se tinha sentido tão deslocada daquele ambiente como naquele momento. Não se ajustava a nenhum dos grupos de conversa, não tinha paciência para crianças, os homens não a integravam nas suas conversas e nunca tinha sido rapariga de achar especial graça a saber os podres da sua vizinha, da mulher do supermercado ou da cabelareira.
Ainda assim entrou pela cozinha passando por todos, sem lhes captar a mínima atenção, abriu o frigorífico e serviu-se de sumo de laranja natural que a sua mãe tinha feito para o jantar, não sabia que horas eram, mas a noite já ia avançada e o cansaço já se estava a fazer sentir. Decidiu que ia beber aquele sumo e iria para a cama, e que no dia a seguir iria explorar os terrenos que rodeavam a mansão. Sabia que estava a adiar a ida à cave, mas também sabia que quando tivesse coragem para descer até lá iria conhecer quem era o estranho que habitava aquela casa sem que mais ninguém, a não ser ela, desse conta disso.

Pousou o copo vazio no lavatório e passou de novo no meio de todas aquelas vozes barulhentas, ao sair da cozinha virou à direita e entrou na segunda porta desse corredor. O seu quarto tinha uma decoração mais leve, tinha-o escolhido exactamente por isso. Os tons dominantes eram o bege e o verde lima, a cama era simples mas confortável sem cortinas nem muitas almofadas, tinha uma cómoda de madeira clara com apenas três gavetas, e o seu candeeiro era pequeno com um abajur cheio de desenhos de árvores. No entanto tinha a maior janela que qualquer quarto da casa podia ter, dava para as traseiras da mansão e dela via-se uma enorme extensão do bosque denso e emaranhado que ali se encontrava, durante a noite sabia que ia dormir na presença dos mochos e corujas pelos seus barulhos, sem esquecer a presença do estranho que ali andava, sabia que ele se sentava na cadeira que estava ao lado da porta, e olhava pela janela a maior parte da noite.

Subiu para a cama, levantou os lençóis e meteu-se por baixo deles, pôs-se a olhar para a sua janela à espera que o sono a reclamasse e assim que sentiu os olhos a fecharem-se ouviu o estranho entrar no seu quarto e ocupar o seu lugar habitual.
Segura, era como se sentia quando se deixou levar pela escuridão e inconsciência de um sono profundo....


To be continued...

15 comentários:

Unknown disse...

uuuu… :)
…quero mais :)

Carla disse...

Ai que a moça está a começar um escrito de 45960 mil páginas! Cá para mim, ainda vamos trocar autógrafos. lol

Agora a sério, estou curiosa. Se bem que continue sem entender como é que é possível sentirmo-nos seguros numa casa assombrada (quer dizer, a minha também está e tem alguns fantasmas bem à maneira, se calhar até é fácil).

Sufocada disse...

Liliana, ahah assim fico sem graça :D

Uma Rapariga Simples, não vos desejo tanto mal a escrever aqui um testamento. Só tenho em vista mais 3 ´"capitulos" mas como são quase espontâneos, ainda não estão escritos nem nada, só tenho a ideia do que pode passar, nunca se sabe :)
Mas se ficas-te curiosa, cumpri o primeiro objectivo ahah :D

POC disse...

Aposto que vai acabar com sexo.

Carla disse...

Sexo com um fantasma é coisa para não se sentir.

Eh pá, lembrei-me agora que não pode ser, é demasiado parecido com o que grande parte da população feminina faz.


Sim, Sufocada (vou começar a chamar-te Estrangulada, só pa ser 'defrente' :D), estou curiosa. ;)

Sufocada disse...

POC, tens assim uma opinião tão boa de mim? :P
Não te vou responder (humpf)...

Uma Rapariga Simples, han? Grande parte da população feminina faz sexo com uma fantasma? O.o Percebi bem!

Estrangulada? Ahaha
Sufocada já é muito bom, estrangulada então...

Carla disse...

Leste a parte que não interessava, o que interessava para a questão é a parte do não sente nada. lol

Gostastis? Seulement pour toi. ;)

Sufocada disse...

Ahah já percebi!
O meu foco centrou-se na parte wierd do que disses-te... :P

J' ai adorado! (eu sou uma pérola a Francês tenho a dizer)

Carla disse...

J'ai aimé (google tradutor também ajuda, mas só na ortografia, já lá vão muitos anos ;)

É um mal comum, ficar-se centrado na parvoíce que escrevo e esquecer o essencial. ahahah Que lindo! (mas é verdade -.-)

Sufocada disse...

E tens que ter em conta que quando alegas que se anda a fazer sexo com fantasmas, o factor "esquecer o essencial para se centrar na parvoíce" aumenta exponencialmente! :D

Carla disse...

Bahhhhh!!!!!

Tens razão! :D

looool

Xs disse...

uuuhhhhhhhhhhh!
Assim deixas a malta em suspense!

Ok.. era esse o objectivo, certo?

Sufocada disse...

Xs, Era sim.
Era um "não percam o próximo episódio porque nós também não" :P

Miss Cheque-Mate disse...

quero mais, mais e mais. muito bom mesmo. isto é a prova de que se um dia escreveres um livro eu vou juntá-lo á minha colecção =)

Sufocada disse...

Ahah esses bon-bons para o meu ego são tão boms :D