quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Não se pode comparar? ...


... mas eu comparo!

Temos a merda de uma ser humano, estão a ver? Ser humano esse, que viola criancinhas, mata velhotas, tortura mulheres loiras, esquarteja homens de bigode e acha piada atirar calhaus à cabeça de pessoas com deficiências... Qual é a punição, neste país, para qualquer uma destas situações?
Prisão? Quanto tempo? E se for em casa? O traseiro de tal alminha precisa de conforto. Ora bolas e se pagar uma fiançazita e está tudo bem? Pessoas destas andam à solta, a pena de morte já nem sequer é legal, e as prisões estão tão cheias que entre saidas e entradas de bebados e de pessoas que roubam pacotes de feijão porque não têm comida em casa, este cócó monumental de gente anda na rua.

Agora temos um cão... sim, um cão! Um ser irracional, um ser que quando educado de forma firme, com doses adequadas de carinho e com condições em ter uma vida de cão, por norma não faz mal a ninguém, ainda assim, e a chave está no IRRACIONAL, esse mesmo cão pode dar-lhe o amoque e do nada tornar-se agressivo! Garanto-vos que se treinarem um golden retrivier para matar, será tão agressivo como um pit bull, a diferença está nas origens de cada raça!
Nós, Homem, como gostamos à brava de inventar, em tempo idos, decidimos criar as nossas próprias raças de cães (assim como outros animais), vai daí e cruzámos estes com aqueles, tentámos criar a raça perfeita, mais bonita, mais obediente, mais isto, mais aquilo... Resultado? Deu merda! Com tantas combinações acabámos por criar raças que à partida, mais cedo ou mais tarde vão ter determinadas doenças...
Os cokers padecem frequentemente de infecções nos ouvidos, os dálmatas cegam precocemente... e depois temos as raças com predisposição para a obediência e companheirismo como os labradores, e temos as raças com predisposição para comandar rebanhos e guardar quintas como os pastores e por fim, mas não menos importante temos as raças, que criámos, com predisposição para a agressividade, para matar quando passam a zona vermelha do limite da sua sanidade... como os pit bulls! A maior percentagem da culpa é nossa e das nossas invenções, 5% é da natureza.
Ora chegando ao cerne da questão... se um cão, principalmente um que por nossa culpa, está rotulado de perigoso, atacar ou matar uma pessoa é imediatamente posto num canil para ao fim de uns dias ser abatido, sem mais conversas ou deliberações é morte para o cão e ponto! Cão esse que não se pode defender por meio de palavras, para dizer que o dono lhe batia 5 vezes ao dia, para dizer que não bebia água à uma semana...
Não estou a defender que um ser que mata não deve morrer... o problema é a benevolência com que tratamos destes assuntos, como tão facilmente vemos dezenas de animais serem abatidos, na maior parte das vezes por culpa das nossas mentes de merda, e quando uma pessoa com capacidades para pensar no bem e no mal, uma pessoa racional, mata, é tratada como se tivesse dado um estalo noutra e não como uma que tirou a vida a outra.

Ainda há quem me pergunte se eu sou parva quando digo que não gosto de pessoas e que gosto de animais? Que me dou melhor com eles do que com os da minha espécie?

A quem chegou ao fim, obrigado pelo tempo despendido.
Não fosse eu pró-animais!

12 comentários:

POC disse...

De acordo.
Mas, e há um mas, as raças perigosas são fruto do homem, é verdade. Mas a partir do momento em que o cão existe e está louco (normalmente o crânio desenvolve-se mais do que a cabeça aguenta), tem de ser abatido. É injusto, mas tem de ser.

De resto, o ser humano é um filho da puta.

Sufocada disse...

Foi como disse, não discordo que deve haver punição contra o animal que mata!
Discordo na falta dela, no animal que nós somos, quando mata!

Tu percebes-me :)

Anónimo disse...

ai, Poc, Poc... não devias ler tanta merda na net...

Tiago BM disse...

Por vezes tenho vergonha de ser Homem... Somos nojentos, egoístas e estúpidos.

(já para não falar que eu tenho tanto um dálmata como um cocker, as raças que tu referiste).

Por um lado é giro que não haja pena de morte em Portugal, mas por outro, 25 anos para quem mata é muito pouco, acho que a pena ideal seria o dobro (ou triplo, dependendo da natureza e violência do crime) do tempo médio que a vítima podia viver.

Carla disse...

Há qualquer coisa na história que despoletou o teu desabafo que não bate certo, não faz sentido.

Já tive um cão que me abocanhou um tornozelo porque entrei numa divisão às escuras e pisei-o sem querer. Ora, o animal reagiu à dor, claro, não fez por mal. Não foi nada sério, foi mais o susto, mas lembro bem do ganir dele quando percebeu que era eu, como que a pedir desculpa.

Houve a morte de uma criança. É inegável que vale mais do que a vida de um animal, pelo menos para mim, no entanto, se o animal reagiu por instinto, a pena não será demasiado dura, tendo em conta que a criança não morreu de mordeduras (nem sei bem se as tinha)?

Como digo, há qualquer coisa que não bate certo e quem se vai lixar é o mexilhão, digo, o cão.

Unknown disse...

Eu concordo com muitas das coisas que disseste. A sociedade actual é uma valente merda (desculpando o termo)! A Natureza foi feita de maneira inteligente. O Homem, que só por ser racional, se considera mais inteligente do que a Natureza, acha que é giro alterar a mesma e depois vê-se a cagada que daí resulta. Os animais têm um instinto de sobrevivência dentro de si. Quando se sentem ameaçados, atacam como forma de se defenderem. As raças que dizem por aí que são perigosas, são apenas fruto do homem como tu mesma disseste. No entanto, nem todos os animais são perigosos só porque fazem parte daquela raça dita perigosa. Os animais são como nós: têm mudanças de humor, mas seja qual for o animal, conseguem ser muito leais a quem lhes faz bem.
Para mim, a vida do Homem e do animal vale o mesmo! Acho lamentável que um animal seja abatido porque atacou alguém. Eu sou da opinião que há sempre esperança! Quem devia ser abatido era o dono, pois ele é o culpado. Os nossos animais de estimação são como crianças, as nossas crianças, e, tal como somos responsáveis pelos nossos filhos, somos pelos nossos animais. :)

Beijinhos*

Filipe disse...

Concordo com muito do que dizes, mas acho ridículo que haja gente que tente passar a mensagem que a vida humana tem o mesmo valor da vida animal. Daqui a nada vida de um insecto também é equiparável? E já agora, a vida desses seres vivos que são as plantas, não é igual à vida animal? Então porque lhes sacrificamos a vida para enfeitar cemitérios?

As pessoas falam de barriga cheia quando a vida é moderadamente aconchegante. Se a vida animal é igual à humana, então tratemos tudo de forma igual: se um filho vosso for assassinado na escola por um colega de turma, então que se abata o "dono do puto" e nunca o pobre do coitadinho do menino que andou a disparar pela escola. Não é?
Não tapem o sol com uma peneira!

A Força Suprema disse...

Minha querida, estranhamente estou em desacordo. Percebo-te, mas estou em desacordo.

E gosto de pessoas. Na maioria das vezes.

Mas o pior não é isso. O pior é todo o mundo saber o nome do cão (Zico) e só meio saber o nome da criança (Dinis). Não achas, assim, um bocadinho desajustado?

Rachelet disse...

Com todo este parlapiê, ninguém culpabiliza e fala do abate dos verdadeiros animais desta história: os pais da criança e donos do cão. Eles sim permitiram e incentivaram que isto acontecesse. E quem é abatido é o cão!

Amanhã vou atropelar uma criancinha só porque sim. Assim como assim, é o carro que paga e mandam para a sucata, não eu que sou culpabilizada!

Unknown disse...

Volta! tenho saudades tuas!

Carla disse...

Acho bem que venhas ao blogue picar o ponto ou eu vou a tua casa dar-te umas valentes palmadas! humpf

O Fulano disse...

É por comparação que a justiça se faz. O Fulano está contigo!